UFRJ apresenta Carta das Águas de Macaé

Estudo apresentou impactos ambientais da cidade

Os professores Rodrigo Fonseca e Maurício Mussi, do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé (Nupem/UFRJ), apresentaram a “Carta das Águas” do município, na sessão da Câmara nesta quarta-feira (29). O documento reúne estudos sobre o estado dos recursos hídricos da bacia do Rio Macaé. A apresentação ocorreu no Grande Expediente.

 

Rodrigo, que também é diretor do núcleo, ressaltou a relação da universidade com o município. “São 350 professores, em 11 cursos de graduação e um corpo de funcionários que totalizam uma folha de pagamento de R$ 4 milhões. O Nupem, com pesquisas que vão de complexas teorias aos problemas sociais da urbanização, é uma experiência de conhecimento aplicado vista como modelo dentro da universidade”.

 

Já Maurício recordou a crise hídrica da região Sudeste em 2013, que atingiu, principalmente, o estado de São Paulo e que motivou o ex-diretor do Nupem, Francisco Esteves, a dar início à elaboração da Carta das Águas de Macaé. Publicados em forma de revista, os estudos ainda contêm orientações para políticas públicas.

 

“Na Severina, área onde ocorre a captação de água para a cidade, o Rio Macaé fica, boa parte do ano, com a profundidade de um palmo”, relatou o professor. Segundo ele, apesar disso, atualmente, o quadro para abastecimento da cidade é positivo, devido à grande área florestada que é fundamental para as chuvas.

 

Ação humana

 

O impacto da ação humana, porém, pode reverter esse quadro, no que se refere, por exemplo, à qualidade da água. “Projeções de que o município teria 250 mil habitantes eram feitas para 2025 e, no entanto, já atingimos esse número”, acrescentou Maurício. O professor apresentou pesquisas dando conta, por exemplo, do impacto da produção petrolífera sobre a biodiversidade. “Foram detectadas grandes concentrações de derivados do petróleo no organismo dos peixes”.

 

O documento aponta, como principais fatores influentes sobre a disponibilidade de água potável, a poluição, o lixo, o esgoto, a agricultura e a pecuária. Entre as propostas de políticas de governança, são indicados reflorestamento, novas áreas de conservação, legislações de preservação e estímulo à criação de conselhos gestores da água, envolvendo, sempre, os agricultores.

 

“Temos grande esperança na parceria com o Nupem na implementação dessa sustentabilidade e da sua fiscalização”, disse o presidente da Casa, Eduardo Cardoso (PPS). Marcel Silvano (PT), autor do convite aos professores, ressaltou que o tema se relaciona com a Campanha da Fraternidade de 2016. “Não podemos deixar de aproveitar essas informações para implementar políticas de prevenção”, disse Igor Sardinha (PRB).

 

Maxwell Vaz (SD), Manoel Francisco (PPS), o Manoelzinho das Malvinas, e os peemedebistas Guto Garcia, Luciano Diniz e George Jardim também discursaram sobre problemas e soluções para a questão da água no município, além de elogiarem o trabalho do Nupem.

 

 

 

Jornalista: Marcello Riella Benites

 

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