Câncer de mama: Cidade precisa ampliar atendimentos

Além da compra de um mamógrafo digital, vereadores apontam necessidades na rede de assistência. Em continuidade aos debates sobre a prevenção e o tratamento.

Em continuidade aos debates sobre a prevenção e o tratamento do câncer de mama, a Câmara Municipal de Macaé realizou uma audiência pública na noite desta segunda-feira (29). Além de reforçar os pedidos para que a prefeitura agilize a compra de um mamógrafo digital, os presentes defenderam que a rede de prevenção e de tratamento da doença precisa ser ampliada. Marvel Maillet (Rede) conduziu o encontro motivado pela campanha Outubro Rosa.
A audiência contou com a participação do presidente, Eduardo Cardoso (PPS), além de Maxwell Vaz (SD), do médico do Hospital São João Batista, Sávio Mussi, do representante do Conselho Municipal de Saúde, Anderson Ribeiro, e de integrantes do Renascer da Costa do Sul. O grupo surgiu com a união de mulheres que se conheceram durante o tratamento da doença. Segundo dados do governo federal, 60 mil casos de câncer de mama devem ser diagnosticados somente neste ano.
Marvel lembrou que, por uma pane elétrica, o mamógrafo que realizava exames na rede pública parou de funcionar em 2015. Desde então, a prefeitura passou a contratar clínicas particulares para a realização dos exames. “Já era para a cidade ter recebido um novo equipamento, mas o Ministério da Saúde não liberou a compra porque o governo não comunicou a baixa do que ficou inutilizado.”
Para Maxwell, mesmo após a prefeitura ter divulgado edital para a aquisição de um mamógrafo, o Legislativo deve seguir mobilizado. “O processo foi liberado após anos de cobrança desta Casa. Vamos acompanhar até que o aparelho chegue e esteja em operação”, frisou.
Segundo Eduardo Cardoso, Macaé chegou a ter quatro mamógrafos, com um atendendo à Região Serrana, outro no Núcleo de Apoio à Mulher e à Criança (Nuamc) e dois na Casa de Caridade. “Não faltava exame na cidade. Mesmo assim, é preciso ressaltar que não podemos abrir mão de uma rede eficiente de prevenção e de diagnóstico inicial. Hoje, há poucos ginecologistas para atender à demanda de pacientes”, acrescentou.
O caminho até o tratamento
A fala de Eduardo foi reforçada por uma das líderes do Renascer, Edileia Vilasboas. Ela foi diagnosticada com câncer em 2014, depois de recorrer a atendimentos na rede privada após aguardar por muito tempo a agenda do SUS. “Não conseguia marcar consultas com ginecologista e nem com mastologista. Eu tive como pagar clínicas particulares e fiz a biópsia no serviço particular, mas não são todas que têm as mesmas condições”, lamentou.
O médico Sávio Mussi disse que o número de casos está crescendo na cidade. Desde 2016, o número de mulheres em tratamento saltou de 74 para 106. “Ter um mamógrafo é um primeiro passo, mas a atual estrutura precisa de uma série de investimentos e espero que os gestores da saúde olhem com mais atenção para a assistência oncológica”, disse.
Fiscalização dos exames
Na sessão desta terça-feira (30), a Câmara aprovou dois requerimentos de Maxwell para que a prefeitura encaminhe a relação nominal de todas as mulheres que realizaram o exame de mamografia no mês de outubro. O vereador também pede que o Executivo envie a cópia do contrato firmado com a clínica prestadora do serviço particular.

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Neste período, de acordo com o art. 61 do Regimento Interno (conforme redação dada pelo art. 4 da Resolução n. 2013/2022) ocorre o recesso legislativo e por essa razão não é disponibilizado a frequência dos vereadores.

A Câmara Municipal de Macaé informa que, até o momento, não foram realizados concursos ou processos seletivos recentes. O último concurso ocorreu em 2012. Para acessar informações sobre concursos anteriores, clique no link abaixo e consulte os arquivos correspondentes.